sábado, 3 de janeiro de 2009

volta às aulas

VOLTA ÀS AULAS: VIDA AOS SONHOS

José Luiz Brogian Rodrigues

Alguns milhares de estudantes retornam às aulas, nas escolas públicas do município, no dia 12/02/2001. São crianças, adolescentes, jovens e adultos, entusiasmados, que carregam em suas mochilas além de cadernos e livros, muita expectativa, esperança e sonhos, acreditando que a escola , no exercício da sua finalidade política e social, será o instrumento que lhes fornecerá os requisitos indispensáveis para a sua inserção na sociedade moderna, proporcionando-lhes as condições mínimas necessárias ao seu progresso material, intelectual e cultural, e a conquista dos seus direitos sociais e políticos, para que, cônscios da sua responsabilidade, possam contribuir para uma sociedade mais justa e humana.

A escola torna-se, então, uma instituição de grande importância e depositária dos sonhos e expectativas destes milhares de estudantes.

Com certeza os estudantes, não serão decepcionados, principalmente se encontrarem sua escola (pública) em condições de oferecer-lhes conforto para a sua permanência, oferecer-lhes o melhor, o mais moderno e o mais atual conjunto de materiais, metodologias e propostas pedagógicas.

Oferecer-lhes todos os professores, habilitados e especializados nas suas áreas de atuação, e motivados pela valorização que recebem do poder público, com condições materiais e físicas, ideais para o desenvolvimento satisfatório do seu trabalho, além de, remuneração justa, que lhes permita ter uma vida digna de educadores, que precisam viver, estudar, pesquisar, adquirir livros, motivar e orientar seus alunos para a vida, etc.

É claro que o cenário descrito, nos dois últimos parágrafos, é de uma escola pública um tanto utópica, ou seja, dificilmente será o modelo de escola que recepcionará os estudantes em mais esse inicio de ano letivo. Porém, concebendo a utopia como sendo um sonho, e acreditando que um sonho, pode se tornar realidade, é preciso motivar o estudante para que no mínimo se mantenha acesa a chama da sua expectativa, quanto à escola. A mesma escola que a muito vem perdendo para a “indústria da ignorância”, indústria essa que cresce na medida em que a escola pública, por falta de zelo do poder público, vai sendo sucateada , em todos os aspectos.

Apesar disso, não se pode subestimar a competência da escola, em dar importantes contribuições para a realização das expectativas iniciais dos estudantes.

É preciso motivá-los sempre, para a educação escolar, mesmo que para isso tenha-se que continuar na improvisação com as sucatas que estão ao alcance. Uma tarefa bastante difícil , mas quem sabe um dia... O sonho não pode morrer.

José Luiz Brogian Rodrigues é Professor da Rede Pública de Ensino.

2 comentários:

  1. A matéria foi publicada em 2001 porém, como permanece atualissíma resolvi republic´-la integralmente.

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  2. oi professor e ai trabalhando muito um abraço

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